A Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) é uma unidade de operações especiais da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, destinada à intervenção policial em ocorrências que exijam excepcional adestramento, pela complexidade do trabalho e riscos que o envolvem.
É originária do Grupo de Operações Especiais (GOE), criado na Secretaria de Segurança Pública do estado da Guanabara, pela Portaria “E” nº 947, de 4 de julho de 1969, por inspiração do Inspetor de Polícia José Paulo Boneschi (seu primeiro chefe), em época que surgiam os primeiros focos de terrorismo no país com séria ameaça, principalmente, para a população civil.
Esse primeiro grupo, constituído de pessoal verdadeiramente especializado e destinado a apoiar as demais unidades policiais civis daquele extinto estado, deveria possuir espírito de equipe em alto grau,dominar a técnica de desativar e desmontar engenhos explosivos, ter completo conhecimento do armamento e saber utilizá-lo com maestria, bem como, formação em alpinismo militar, operações helitransportadas e artes marciais.
O desempenho bem sucedido desse primeiro grupo integrado por apenas doze homens, fez com que o governo decidisse ampliá-lo e pelo Decreto de agosto de 1971 criou o Serviço de Recursos Especiais – SERESP, agora integrado por trinta e oito policiais, com cursos de comandos, pára-quedismo e outros, subordinado à Superintendência de Polícia de Segurança da SSP e posteriormente ao Departamento Geral de Investigações Especiais (DGIE) da Polícia Civil. Foi o SERESP a primeira unidade policial no Brasil a formar atiradores de elite, e, para tal, contava com sete fuzis Winchester M70 equipados com lunetas.
Recebeu, ainda, outras denominações, após a fusão do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, como Divisão de Operações Especiais – DOE, Coordenadoria de Inteligência e Apoio Policial – CINAP e, finalmente, Coordenadoria de Recursos Especiais -CORE.